Agroecologia – a janela da vida e seus fenômenos

agroecologia

Como conhecimentos populares e científicos se unem para construir relações saudáveis de interação da natureza, ao mesmo em que se produz alimento para a humanidade

O que é agroecologia?

A Agroecologia representa um conjunto de técnicas e conceitos que surgiram em meados dos anos 70 e visa a produção de alimentos agropecuários mais saudáveis e naturais. É uma abordagem que integra os conhecimentos científicos (agronômicos, veterinários, zootécnicos, ecológicos, sociais, econômicos e antropológicos) aos conhecimentos populares, para a compreensão, avaliação e implementação de sistemas agrícolas, com vistas à sustentabilidade, ou seja, tem como princípio básico, construir uma relação racional com os recursos naturais.

Visando na prática, então, produzir alimentos naturais, necessários para promover uma condição de vida digna à sociedade, a agroecologia faz isso sem descuidar das águas, mantendo a vida nos solos, preservando as espécies de plantas, animais e microorganismos, considerando o todo, composto por muitos elementos que interagem entre si, funcionando de maneira sistêmica e holística.

Para saber mais sobre como utilizar na prática a agroecologia, construíndo sistemas complexos, que naturalmente se desenvolvem, retroalimentando-se e diversificando-se, acesse cartilha Agroecologia. Uma das suas autoras, Joice Reis, foi quem levou conhecimentos básicos e nos orientou para praticar na Praça da Nascente (Homero Silva). Logo abaixo, algumas anotações oriundas das aulas; em seguida, um vídeo que mostra a implementação de um microsistema agroecológico.

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Tudo é manejo, arranjo de tempos e ciclos. Plante sempre espécies companheiras, em berços, de aproximadamente 0,5 metros, onde se equilibra espécies de médio e grande porte. Nesse sentido, organizar, por exemplo, espécies baixas, como as tubérculas, devem ser plantadas na do lado de fora do círculo, para manter a penetração da luz ao núcleo central. Plantar inclinado cresce mais rápido! E aí vão características específicas de algumas espécies, para auxiliar na escolha da composição do berço:

  • Feijão guandu: faz associação com fungo natural. É um adubo verde muito tolerante a poda. Excelente para biomassa.
  • Bambu: não é bom para biomassa, mas ótimo para estrutura, precisa verificar com o seu objetivo com o cultivo. É sempre bom ter um bambuzal em uma área rual para utilizar sua estrutura em construções.
  • Capim elefante: bom para plantar intercalado com o plantio para compor a biomassa.
  • Magnésio: dá coloração verde para folhas. Adubação verde= adubação de magnésio.
  • Ingá: Leguminosa.Planta boa pra plantar em nascente, gosta de água.
  • Feijão de porco e protalária: adubos verdes que fixam nitrogênio no solo.
  • Mucuna preta: espécie muito agressiva para solo muito degradado. Cuidado, pois espalha rápido e toma conta do local.
  • Hibisco: Muito tolerante a poda, produs bastante biomassa.
  • Araçá: bom para trazer passarinho e semente.
  • Mangueira: precisa de um tempo de seca. [Por exemplo, na Praça da Nascente, não produz frutos, porque está em área alagada.
  • Jatobá: planta nativa da praça. Chá é bom para o pulmão.
  • Abóbora: gosta de muita luz, estrato rasteiro, produz em 2 meses
  • Milho: boa combinação de família diferente, produz em 4 meses
  • Mandioca: planta rasteira, produz em 6 meses
  • Glirícidia: Leguminosa que aduba o solo, fixa  “N” se manejada com poda
  • Pó de rocha: equilibra o solo no longo prazo. [semelhantes: pó de basalto em SP e pó de ipirá na Bahia.

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